quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A VIDA DO NEGROS NA FRANÇA




A França é a nação europeia que possui mais negros em sua população, algo em torno de 8%. Ao todo, há cerca de três milhões de negros no país, graças às colônias francesas na África, como a Costa do Marfim, Senegal, e outros países do Norte. Anualmente, milhares de novos imigrantes deixam sua terra natal em direção ao país na busca por uma vida melhor.

Historicamente, a França sempre esteve aberta à mistura da população. Foi o primeiro país a abolir a escravidão, em 1794. No entanto, 218 anos depois, a vida para os negros não é assim tão fácil. Na periferia e em bairros mais afastados de Paris, é comum se deparar com frase de protesto (e preconceito) nas paredes de muros como: “Negro + Branco = Sujeira” ou “Negros, fiquem em seus países”.

Apesar de conviverem há anos com a população afro-descendente, uma parcela de franceses ainda vê a mistura de raças como um problema. Claro que há movimentos de apoio, no entanto, o preconceito ainda é forte e isso é fácil de se notar. Mas, nem tudo são mazelas e problemas.

Apesar do olhar de desdém de muitos franceses, na própria Paris, há alguns lugares em que a população é majoritariamente negra. Em bairros como a boêmia Montmartre, eles vivem em harmonia com os brancos.

- Vim morar na França em busca de oportunidades. Nem tudo era como eu pensei, mas me adaptei bem à vida aqui e estou melhor do que no meu país – diz Pierre Montére, atendente de padaria, oriundo do Senegal e pai de dois filhos franceses.

Nesse contexto de segregação, os negros aos poucos conquistaram seu espaço. Mais do que isso, apesar de viverem em outro país, eles valorizam sua cultura-natal. Em Montmartre, há lojas de roupas africanas e, em toda a capital francesa, os negros abusam de penteados afro, roupas típicas, e do orgulho de sua negritude.

Em 2002, o país criou a Rota das Abolições da Escravidão, que consiste em quatro cidades do leste francês, na região de Franche Comté: Pontarlier (onde está o Castelo de Joux, que aprisionou o líder negro Toussaint Louverture, abolicionista da República Dominicana), Champagney (que mantém o Museu da Negritude), Emberménil (município do Museu do Abade Gregório) e Fessenheim (que criou o Museu Victor Schoelcher, homenageando o parlamentar responsável pela lei da abolição dos escravos francesa).

Ao fazer essa visita, o turista descobre não apenas as belezas típicas do país, mas mergulha na história que refaz o caminho da abolição. A rota recebeu o apoio da Unesco, que instituiu 2004 como o “Ano internacional de comemoração da luta contra a escravidão e de sua abolição”.

Os negros são presença viva em Paris. Nas lojas de departamento, nas padarias, nos restaurantes, nos famosos cafés, nos principais pontos turísticos… A capital francesa possui bairros inteiros em que a cultura afro é evidente, como as ruas próximas à Place de la Republique, na região central da cidade. São salões de beleza, lojas de produtos especializados para o cabelo afro e até um museu, o Dapper, que reúne obras da África e inspiradas nela.

Apesar de tantas aberturas, conflitos entre negros e brancos são comuns. E, até mesmo para um estrangeiro, é fácil de perceber o olhar de desdém de alguns franceses para a população afro. Paris concentra, hoje, um dos principais conflitos entre negros e brancos em território europeu. Muitos afro-descendentes ainda estão nas periferia, vítimas do desemprego e da discriminação.

No futebol francês, casos de racismo são constantes. Em pesquisa recente, a maioria dos negros franceses declarou ter sido vítima de racismo em algum momento. Não faltam evidências. Apesar de tantos encantos, preconceito ainda é tabu na cidade-luz. Mas a luta não para.

Este ano, Harlem Désir, membro do Parlamento Europeu e ex-ativista anti-racismo, foi ungido próximo líder do partido dos socialistas franceses, tornando-se assim, o primeiro líder negro de um partido europeu. E não é só na política que a luta por uma sociedade igual se perpetua:

- Temos que valorizar a nossa cultura. Não é porque vivemos em outro país que vamos abandonar nossas raízes. Creio num futuro em que a França será ainda mais aberta para todos nós – sentencia Adelie Furlenier, filha de um imigrante negro com uma francesa branca.

Com apenas 13 anos, a jovem já entende o valor de sua cultura e o quanto o país e o pensamento precisam evoluir para gerar uma nação mais harmoniosa

Artigo da revista: Revista Afro

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

NÃO SE FAZ UM POVO CONSCIENTE SEM MEMÓRIA.



No tempo que não havia a comunicação rápida como hoje temos, os irmãos afrodescendente se organizavam e defendiam os seus direitos com muito mais  eficácia do que atualmente que temos tecnologia, recursos e aparatos legais. O que vemos hoje é um desdém, uma inércia contagiante que chega a ser humilhante ver cidadães e indivíduos serem desrespeitados e massacrados e o povo negro nem taí.

Orfeu Negro 1959 Completo



Vendo este filme revemos a cidade maravilhosa com seus habitantes cheios de alegria e molejos, além de ver a atuação divina de atores  negros brasileiros.
Orfeu negro é um filme ítalo - franco - brasileiro (fr: Orphée Noir; it: Orfeo negro) de 1959, do gênero drama, dirigido por Marcel Camus. O roteiro do filme foi adaptado por Camus e Jacques Viot a partir da peça teatral Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes.
A trilha sonora é de Tom Jobim e Luís Bonfá. Vinícius e Antônio Maria também tiveram músicas incluídas, mas, assim como Agostinho dos Santos, que interpretou a música-tema de Orfeu, Manhã de Carnaval, não receberam os créditos. O filme teve outra versão em 1999, sob o nome Orfeu, dirigida por Cacá Diegues.
É, à data, o único filme brasileiro a ter ganho o Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1960

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Mulheres e negros foram os principais responsáveis pelo crescimento da classe média, aponta pesquisa.


Vejam essa notícia que encontrei em um pág. de economia. Agora a pergunta que fica no ar : A sociedade brasileira ainda ñ se deu conta da posição do negro, ainda?  Então vamos à pesquisa.

"De acordo com a pesquisa Vozes da Classe Média, realizada pelo instituto Data Popular, em 10 anos, os principais responsáveis pelo crescimento da renda da nova classe média foram as mulheres e os negros.
O aumento da renda foi de R$ 150 bilhões em 2002, para R$ 264,1 bilhões neste ano, um crescimento de 76%, entre as mulheres; e de R$ 158,1 bilhões para R$ 352,9 bilhões no mesmo período entre a população negra, um aumento de 123%.

O estudo, que será divulgado hoje em Brasília, ainda apontou que oito, em cada 10 integrantes da classe média, acreditam que a vida em geral vai melhorar. Esse otimismo se reflete, em primeiro lugar, na saúde (77% disseram que a própria saúde vai melhorar no próximo ano), vida afetiva (76%), o próprio bairro (76%), o próprio trabalho (74%), a própria cidade (74%), e, nas duas últimas posições, o Brasil (70%) e o mundo (63%).

A pesquisa foi encomendada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, em parceria com a Caixa Econômica Federal e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para mapear as demandas e expectativas dos brasileiros." (por Marina Rossi)

Agora resta saber se a povo negro deste país tem conhecimento e consciência deste fato.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

OS DEZ MANDAMENTOS DOS NEGROS CATÓLICOS

A comunidade negra católica elaborou os dez mandamentos dos negros católicos que apontam um êxodo: saída de uma posição de grupo submisso da Igreja Católica para grupo participativo e também com direitos.
Veja OS DEZ MANDAMENTOS dos direitos dos negros católicos
1. Temos direito que nossa cultura seja reconhecida e integrada a vida diária da Igreja (Santo Domingo 249).
2. Temos direito a uma liturgia aculturada que valorize o fato de que somos um povo negro, filhos e filhas amados de Deus.
3. Temos direito a que os instrumentos musicais de nossa cultura (pandeiro, atabaque, agogô, berimbau...) participem ativamente do louvor ao Senhor nas celebrações.
4. Temos direito de ver nossos filhos e filhas fazendo papel de anjos nas coroações de Nossa Senhora e outras celebrações da Igreja.
5. Temos direito de ver mulheres e homens negros, entre os escolhidos para desempenhar as funções de ministros e ministras da Eucaristia e de diáconos casados, na mesma proporção populacional católica dos afrodescendentes.
6. Temos direito a que seja reconhecido o novo despertar vocacional para o sacerdócio dos jovens negros e a que estes não sofram nenhum tipo de discriminação no período de formação por haver cursado escolas de qualidade inferior nos cursos anteriores, etc.
7. Temos direito de ver aumentar o número de estudantes negros nas escolas católicas, assim como nas Pontifícias Universidades Católicas. Para tanto, temos o direito de organizar cursos alternativos com acesso para negros dentro dos recintos eclesiais.
8. Temos direito de ajudar a fazer uma revisão ampla dos catecismos, retirando deles todos os pontos de vista racistas contra o negro acumulados ao longo dos anos, fazendo assim surgir um novo catecismo aculturado.
9. Temos direito de ver as mulheres negras reconhecidas em sua vocação à vida religiosa nos conventos, sem ter de embranquecer-se previamente, e sim, ao contrário, vivenciando plenamente a cultura afro-brasileira recebida de Deus.
10. Temos direto a ter mais bispos e cardeais negros a serviço da Igreja nas regiões com predomínio de população afro-brasileira e nas demais regiões.
ÊXODO E AFRODESCENDÊNCIA
Os cinco séculos de escravidão ou exploração dos afrodescendentes na América Latina e Caribe, além da situação de miséria econômica e social, trouxeram-nos outra conseqüência grave: a auto-rejeição. De cada dez afrodescendentes da América Latina e Caribe oito, em diferentes níveis, negam sua identidade. O grande êxodo, a grande libertação que a comunidade afrodescendente está processando nesta atual fase é esta:
"Assumir a própria identidade como dom de Deus e condição básica para acelerar o processo de autolibertação, ajudando a sociedade a perceber e libertar-se de seus preconceitos, a partir da nova postura de autoconsciência dos afrodescendentes".
Sinais do novo êxodo
Nos quatro cantos da América Latina e Caribe percebemos os sinais deste novo êxodo. O que está sendo o eixo propulsor desta libertação é justamente a autodescoberta e autovalorização da própria comunidade afrodescendente e seus direitos. Eis alguns sinais:

1) Cresce em toda América Latina e especialmente no Brasil o numero de negros e negras que passam a colocar em seu coração a opção por fazer um curso universitário.

2) Cresce o interesse e a valorização pelas articulações amplas na comunidade afrodescendente. É o caso do VII EPA (Encontro de Pastoral Afro-Americana e Caribenha) que aconteceu no ano 2000 em Salvador - Bahia.

3) Surgem em várias regiões da "Pátria Grande" associações para conscientizar e combater a anemia falciforme, doença que atinge, em maior proporção à população afrodescendente e que está causando muitas mortes por desconhecimento dos médicos e dos próprios doentes. A doença, cuja incidência é considerada alta, manifesta-se em pelo menos uma pessoa a cada 500 afrodescendentes. Daí a necessidade de lutarmos por políticas públicas.

4) As denúncias dos afrodescendentes passam a ser bem fundamentadas e está estão chegando as diferentes instâncias de poder do mundo. É o caso da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que enviou carta ao governo brasileiro dando prazo até o ano de 1999 para apresentar um plano de políticas públicas para combater a discriminação contra mulheres e afrodescendentes no campo, da opção por empregos e valor do salário. Por exemplo: o salário médio dos homens brancos é de 6,3 salários mínimos e o dos homens afrodescendentes é de 2,9 salários mínimos. Das mulheres brancas é de 3,65 salários mínimos e das mulheres negras é de 1,7 salários mínimos.

5) Em 30 de janeiro de 1998, o divulgado um relatório sobre direitos humanos no mundo e na América Latina. O Brasil e vários países da América são apontados como possuidores de políticas militares discriminatórias que violentam e perseguem os afrodescendentes; que exploram e matam crianças de rua cuja maioria são afrodescendentes; que 5% da força nacional de trabalho são crianças entre dez e catorze anos.

6) Cresce em várias dioceses, com presença marcante de afrodescendentes, a conquista de espaços para se criar uma Liturgia Inculturada Afro. Em especial no Brasil, Panamá, Colômbia e Equador.

7) Cresce o apelo da comunidade católica afrodescendente ao Vaticano, no sentido de também escolher sacerdotes afrodescendentes para o serviço episcopal. A mais recente resposta de Roma foi à indicação do Pe. Gílio Felício (Presidente Nacional da Articulação dos Padres e Bispos Negros do Brasil) para Bispo Auxiliar de Salvador, Bahia, cidade cuja população, em sua maioria (85%) são afrodescendentes.

8) A comunidade negra elaborou os dez mandamentos dos negros católicos que apontam um êxodo: saída de uma posição de grupo submisso da Igreja Católica para grupo participativo e também com direitos.

9) Estar em êxodo é a grande condição básica dos filhos e filhas da "Pátria Grande". Queremos sair do lugar de marginalizados, situação imposta pelas relações culturais opressora para uma nova situação. Uma terra prometida pelo Deus-Vida, que é chamado de Tupã, Canaxinê, Olorum, Deus-Pai e Mãe, Nzambi, Javé.
Escrito por FREI DAVID RAIMUNDO DOS SANTOS, OFM   


(Texto publicado na Agenda Latino-Americana de 1999 Páginas 50-51)
Disponibilizado pela CNBB em Fev/04

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Posted: 30 Aug 2012 06:22 AM PDT
Concorrem às eleições nove forças políticas, entre as quais cinco partidos –
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder desde 1975)
 União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA)
Partido da Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA)
Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD)
E quatro coligações – a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), a Nova Democracia (ND), o Conselho Político da Oposição (CPO) e a Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA).

Em 2011, a Constituição foi revista e agora os candidatos à chefia do Estado são apresentados pelo partido que ganhar as eleições parlamentares.
A campanha eleitoral decorreu num clima de críticas mútuas entre o partido governante (favorito nas eleições) e os principais partidos de oposição.
De acordo com a imprensa próxima do Governo, o MPLA, que já tinha sido vencedor nas passadas eleições de 2008, detém uma inquestionável vantagem. O Jornal de Angola, órgão oficioso, escrevia ontem : “O partido no poder detém uma superioridade que lhe advém da sua grande experiência de governação, durante a qual porventura nem tudo foram sucessos; e que por isso mesmo lhe permite ter muito mais para oferecer pela necessidade de ter que dar continuidade às obras gigantescas em curso e em especial no domínio da melhoria da vida das populações (…) O MPLA e o seu candidato foram recebidos em todo o lado com banhos de multidão, prova da confiança que o povo lhe deposita”.

A tensa luta política que se viveu durante a campanha eleitoral incluiu acusações duras da parte do partido governante aos adversários: o MPLA critica a oposição de não ter propostas concretas, de se limitar ao “discurso useiro e vezeiro da ditadura, da censura e da não existência de liberdade de imprensa”, de a oposição revelar “propostas meramente eleitoralistas e demagógicas, reveladores de ingenuidade governativa e vontade de enganar o eleitorado”.

As críticas do maior partido da oposição angolana, a UNITA, são antigas e prendem-se com “irregularidades” durante preparação das eleições. O seu líder, Isaías Samakuva, acusa a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de ter organizado “o pior processo eleitoral de sempre”. São alegadas ilegalidades no registro eleitoral, nos cadernos eleitorais, no mapa das assembleias de voto, na acreditação dos delegados, na entrega das atas e nos procedimentos para transmitir os resultados. No entanto, a CNE já veio dizer que as acusações são “infundadas”. O presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Silva Neto, afirmava esta semana que o processo de preparação das eleições gerais em Angola “está a ser conduzido com toda transparência”.

Já Isaías Samakuva afirma que não existem condições para realizar as eleições na sexta-feira, tendo pedido uma reunião de emergência com o presidente angolano e líder do MPLA.
Se José Eduardo dos Santos der uma resposta negativa, disse ontem Isaías Samakuva, a UNITA “isenta-se de responsabilidades pelo que vier a acontecer”.
“O objectivo é tentar fazer com que tenhamos eleições livres. Mas, objectivamente, não as teremos assim”, diz por sua vez Abel Chivukuvuku, líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), considerada a “terceira via” e que integra conhecidas figuras dissidentes dos dois maiores partidos.

A campanha eleitoral não passou sem um pequeno escândalo diplomático: a embaixada norte-americana em Angola fez sair há poucos dias um comunicado em que exorta a CNE a “credenciar imediatamente” os observadores eleitorais, designadamente os das organizações da sociedade civil angolana e chamou a atenção para os atrasos no credenciamento de “outros observadores internacionais”.
No dia seguinte, o Jornal de Angola criticou em editorial o comunicado da embaixada, acusando a representação diplomática “de falta de cortesia para com a Comissão Nacional Eleitoral”. Classificando o comunicado distribuído pela embaixada como “impróprio de uma representação diplomática, no qual são feitas afirmações desprimorosas para a dignidade da CNE”, o jornal escreve que a embaixada norte-americana “arroga-se o direito de dar ordens a uma instituição angolana independente”.

A tensão aumenta em Angola. Num país que esteve em guerra civil durante 27 anos, de 1975 a 2002, e que só conheceu a paz e o desenvolvimento nos últimos dez anos, são muitos os que têm medo que o confronto político venha a resultar em violência.
Amanhã saberemos se o povo angolano saberá escolher em paz o seu caminho e o seu futuro.
 E aqui vai a minha pequena opinião QUE DEUS PROTEJA ESSE POVO TÃO SOFRIDO E A JUSTIÇA REINE, JOGANDO POR TERRA TODA AÇÃO CONTRÁRIA DE UM POVO. LIBERDADE PRA GOVERNAR!

O post Amanhã o povo angolano vai escolher o caminho do país nas urnasapareceu primeiro em Revista Afro.

sábado, 4 de agosto de 2012

A ÚNICA MULHER AFRO LATINA NO PRINCIPADO EUROPEU!.

BONITINHA eu sou: MENINAS! SONHEM, VIDA DE PRINCESA EXISTEM.: Amor monárquico  A história de amor da estilista Angela Brown Bocatoriana e Maximiliano Príncipe de Liechtenstein  tornou-se  oficial em...

terça-feira, 29 de maio de 2012

COTAS

Posted: 28 May 2012 03:35 AM PDT
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em abril, que as cotas para estudantes negros agora são constitucionais, ou seja, obrigatórias por lei! A decisão vale para todas as instituições públicas que adotam ou pretendem adotar o critério racial em seus processos seletivos como forma de diminuir a desigualdade no acesso ao ensino superior.
Os ministros do Supremo entenderam que a cota é um instrumento legítimo para corrigir desigualdades e compensar a discriminação e a falta de oportunidades que os negros têm sofrido historicamente no Brasil.
Com representantes dos movimentos negros e de indígenas, a plateia aplaudiu ao fim do julgamento, quando o presidente da Corte, ministro Carlos Ayres Britto, declarou que o Brasil deve se orgulhar pela decisão tomada:
— Toda política de promoção racial que se dote de proporcionalidade e de razoabilidade deita raízes e repousa no regaço da Constituição brasileira. O princípio de unidade da Constituição chancela as políticas de promoção racial. A partir desta decisão, o Brasil tem mais um motivo para se olhar no espelho da história e não corar de vergonha.
Para o ministro Luiz Fux, a reserva de vagas é uma forma de “remediar desvantagens impostas por minorias em razões de preconceitos passados”. O ministro alertou para um “paradoxo do sistema”, segundo o qual “só chega na universidade pública quem estudou em escola privada”. Para ele, não há uma resposta plausível para essa injustiça.
— A opressão racial dos anos da sociedade escravocrata brasileira deixou cicatrizes que se refletem na diferenciação dos afrodescendentes. A injustiça do sistema é absolutamente intolerável — afirmou Fux.
Saiba como todos os 10 ministros votantes se posicionaram sobre as cotas:
LUIZ FUX: “Uma coisa é vedar a discriminação; outra coisa é implementar políticas que levem à integração social e étnica do afrodescendente diante dessas ações afirmativas, principalmente dessa integração social acadêmica. Viva a nação afrodescendente!”

ROSA WEBER: “A disparidade racial é flagrante na sociedade brasileira. A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela… Quando o negro se tornar visível nas altas esferas da sociedade, política compensatória alguma será necessária”
CÁRMEN LÚCIA: ”As ações afirmativas não são as melhores opções, a melhor opção é uma sociedade com todo mundo livre para ser o que quiser. Isso é um processo, uma etapa, uma necessidade em uma sociedade onde isso não aconteceu naturalmente”
JOAQUIM BARBOSA: ”A História universal não registra nação que tenha se erguido de condição periférica a nação digna de respeito na política internacional mantendo no plano doméstico uma política de exclusão em relação a parcela expressiva da sua população”
CEZAR PELUSO: ”O que as pessoas são e fazem dependem das oportunidades que tiveram. (O) mérito é justo apenas em relação aos candidatos que tiveram a mesma oportunidade, não é possível usar o mesmo critério para quem no passado não teve as mesmas oportunidades”
GILMAR MENDES: “Em razão do modelo escravocrata de desenvolvimento, o acesso a universidade pública acaba dificultado, porque essa população é mais débil economicamente. Não se pode negar a importância de ações que levem a combater essa crônica desigualdade”
MARCO AURÉLIO MELLO: ”Falta a percepção de que não se pode falar em Constituição Federal sem levar em conta, acima de tudo, a igualdade. Precisamos saldar essa dívida, no tocante a alcançar-se a igualdade”
AYRES BRITTO: ”Quem não sofre preconceito pela cor da pele já leva uma imensa vantagem, já é beneficiário, não desfruta de uma situação desfavorecida imbricada a outros… Os brancos, em matéria de discriminação, nunca precisaram de Constituição…”

CELSO DE MELLO: ”Ações afirmativas são instrumentos compensatórios para concretizar o direito da pessoa de ter sua igualdade protegida contra práticas de discriminação étnico-racial. Uma sociedade que tolera práticas discriminatórias não pode qualificar-se como democrática”
RICARDO LEWANDOWSKI: ”O reduzido número de negros e pardos que exercem cargos de relevo resulta da discriminação histórica que as pessoas desses grupos têm sofrido. Os programas de ações afirmativas são uma forma de compensar a postura complacente do Estado”
Artigo da revista online RevistaAfro.com

terça-feira, 17 de abril de 2012

JESUS ERA NEGRO?

Assim começa a postagem da RevistaAfro sobre a origem daquEle que teria sido enviado por Deus para salvar a humanidade.

A figura de Jesus Cristo como um homem branco, de cabelos lisos compridos, traços finos e delicados, e olhos azuis, ficou marcada durante séculos no imaginário universal graças à sua representação em obras de arte, filmes, espetáculos, e afins. Porém, existe uma grande polêmica em torna da sua real aparência. A maioria insiste em confirmar sua beleza alva, mas, há indícios fortes que comprovam o oposto.
Alguns cientistas já criaram, inclusive, uma imagem que mostra como seria o rosto de Jesus, de acordo com os padrões geográficos do território em que ele vivia. A pespectiva passa bem longe da imagem que temos hoje, que segundo alguns, foi forjada nos padrões de beleza ocidentais.
A principal teoria é de que a maioria das figuras humanas já produzidas para retratar o “filho do homem” foram confeccionadas na Europa por artistas brancos. Dessa forma, a sua imagem teria seguido padrões de estética do período histórico em questão. Além disso, a própria Bíblia, em diversas citações, mostra que Jesus poderia muito bem ter sido um homem negro.
Antes de tudo: ele nasceu em Belém de Judá, região que, à época, pertencia a África! Sim, indivíduos brancos eram raros naquelas bandas. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte do continente africano, e esta visão perdurou até 1859, quando o território passou a integrar a Ásia.
Outro forte indício de que Jesus não era branco é que ele era da Tribo de Judá, uma das tribos africanas de Israel. Explica-se: os ancestrais masculinos de Jesus vêm da linha de Sem (miscigenados). No entanto, a sua genealogia foi misturada com a linha de Cam (negros) desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia.
O antepassado direto de Jesus através de Cam é narrado em Gênesis: Tamar, a mulher Cananéia (negra) fica grávida de Judá, e dá à luz aos gêmeos Zerá e Perez, formando a Tribo de Judá, antepassados do Rei Davi e de José e Maria, os pais terrenos de Jesus.
A farsa de sua cor clara
Outra prova: não foi por mero acaso que Deus enviou Maria e José ao Egito com o propósito de esconder o menino Jesus do Rei Herodes, como é citado no livro de Mateus, do Novo Testamento. Ele não poderia ser escondido no norte da África se fosse um menino branco. Não por proteção militar, já que nessa época, o Egito era uma província romana sob o controle romano, mas porque o Egito ainda era um país habitado por pessoas negras.
Assim, a família teria sido apenas mais que fugiu para o Egito com a finalidade de se misturar a outras famílias negras. Se Jesus fosse branco, loiro, e de olhos claros, teria sido no mínimo complicado de ele se miturar aos egípcios negros, certo?
E ainda citando a Bíblia, no livro Apocalipse ele é chamado de o “Cordeiro de Deus”, segundo a Escritura Sagrada, com seu cabelo lanoso, sendo comparado a lã de cordeiro, e os pés com a cor de bronze queimado, uma aparência semelhante a da pedra de jaspe e de sardônio, que são geralmente pedras amarronzadas.
As provas não mentem, mas, para muitos ainda há bastante controvérsia. As cores das pedras citadas em Apocalipse, jaspe e sardônio não são únicas e absolutas, são de diversas possibilidades. Portanto, se Jesus era negro ou não, provavelmente a humanidade nunca vai saber. Mas seus ensinamentos continuam: independetemente da cor, somos todos iguais.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

HÁ PRECONCEITO NO OSCAR ?

A mulher Negra no Cinema Americano

Na última cerimônia do Oscar, um disputa acirrada marcou a categoria de melhor atriz. Meryl Streep e sua irretocável interpretação de Margareth Tatcher em “A Dama de Ferro” competia com a emocionante performance da atriz negra Viola Davis no filme “Histórias Cruzadas”. Meryl levou a melhor. Amigas há anos, as duas trocaram elogios, no entanto, Viola levantou uma questão importante na indústria do cinema.
“Qual é a atriz negra equivalente a Meryl Streep ou a Julia Roberts e Nicole Kidman?” Esta foi a pergunta retórica da atriz dirigida em entrevista ao tabloide britânico The Sun. Viola afirma que há pouquíssimos papéis dedicados a mulheres negras no cinema americano, e que, em sua maioria, eles são sempre os mesmos.
- A única possibilidade que existe é interpretar uma matriarca autoritária e vulgar. Se propuser algo diferente disso, você simplesmente desaparece. Não há personagem para você. As negras só têm espaço para o mesmo perfil, sempre – protesta ela.
Por renegar qualquer estereótipo racial, Viola quase desistiu do papel em “Histórias Cruzadas”, filme em que interpreta uma babá oprimida pelos patrões brancos por questões raciais.
- Quando percebi a riqueza da personagem, eu não resisti -, contou.
A escravidão nos Estados Unidos foi abolida em 1863, durante a Guerra da Secessão. Mas quase um século depois, os negros do país ainda viviam sob um rígido sistema de segregação. Recebiam salários ínfimos, eram obrigados a sentar nos lugares do fundo no ônibus, e tinham banheiros e até bebedouros “exclusivos”, entre outras barbaridades. Nesse apartheid no racista estado do Mississipi, na cidade de Jackson, vivem no início dos anos 1960 as protagonistas de “Histórias Cruzadas”, no original “The Help”, dirigido por Tate Taylor.
Viola, que ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores por sua participação no filme, afirma que o problema não se restringe somente à escassez de papéis. Os salários das atrizes negras, em sua maioria, são menores.
Não somente Viola, mas Thandie Newton, Whoopi Goldberg e Vanessa Williams também já andaram reclamando de salários baixos e de excessos de papéis estereotipados. A exceção é Halle Berry, primeira e única negra a levar o Oscar de melhor atriz para casa, e dona de salários um pouco maiores, porém, nada astronômicos como os de Meryl, Julia ou Nicole, citadas por Viola Davis.
- É um absurdo ver que, nos dias de hoje, ainda enfrentamos essas dificuldades! Espero que isso mude -, conclui Viola.
 Artigo do blog RevistaAfro

segunda-feira, 2 de abril de 2012

LEWIS HAMILTOM - O ESPELHO PARA UMA LEGIÃO DE JOVENS NEGROS DO MUNDO INTEIRO

Lewis Hamilton: um bom motivo para acompanhar a F1

Por Wagner Prado
Pare de ignorar as transmissões da Fórmula 1 na televisão. Mesmo que você nada tenha a ver com o esporte, há um bom motivo para dar uma olhadinha no pódio durante a cerimônia de premiação.  Ali entre os três homens mais rápidos da corrida poderá estar um inglês de 27 anos chamado Lewis Hamilton. A maior conquista do cara foi se tornar Campeão Mundial aos 23 anos, em 2008. Seu maior feito: ter se tornado espelho para uma legião enorme de jovens negros que viram que era possível  chegar lá, mesmo sendo a F1 um do s esportes mais elitizados do mundo.
Lewis Hamilton poderia muito bem ter o apelido de Fenômeno. Ele até que tentou jogar futebol. Fez testes nas categorias de base do Arsenal, time inglês para o qual torce. Mas a pouca habilidade foi determinante para que optasse pelo automobilismo. Atrás de um volante o inglesinho se criou.
Desde garoto, Hamilton foi encarado como prodígio. As quebras de recordes e os resultados expressivos já no kart fizeram o pai dele, Anthony Hamilton, apostar tudo na carreira do filho. Anthony não titubeou em sair atrás de patrocínios e de contatos influentes que pudessem alavancar a carreira de Lewis. O sonho se concretizou em 2006, quando a equipe inglesa McLaren o anunciou como piloto para a temporada 2007. Começava ali algo meteórico.  Em sua primeira temporada, Hamilton chegou ao vice-campeonato. Na temporada 2008 ele colocou a mão no título.  Primeiro piloto negro na F1 e primeiro negro a chegar a um título mundial.
Depois do título, Hamilton seguiu o roteiro que faz a vida de outras celebridades esportivas masculinas: muito dinheiro, muita fama, muita badalação e resultados pouco expressivos. Alguém, além do próprio Lewis, tinha que pagar essa conta. E ela estourou nas costas da bela Nicole Scherzinger, vocalista do grupo musical Pussycat Dolls e namorada do piloto.  Anthony Hamilton, pai de Lewis, saiu atirando e disse que o relacionamento dos dois atrapalhava a carrreira do garoto prodígio. O desentendimento gerou um rompimento entre Lewis e seu pai. Enquanto Anthony se afastava das corridas e da carreira do filho, Nicole era vista em todos os GPs e ganhava mais e mais espaço. O rompimento entre os dois veio em outubro de 2011, ma s durou apenas dois meses.
A temporada 2012 começou em 18 de março. É bem provável que Nicole Scherzinger seja vista no boxe da McLaren, bem próxima de Lewis e de seu carro. Por ali também estará Anthony Hamilton, o pai zeloso. Uma conversa de Lewis com todos trouxe paz e tranqüilidade para o grupo. Agora é pisar fundo e, quem sabe, ser o primeiro negro da Fórmula 1 a se tornar bicampeão mundial. Carro e talento ele tem para isso
Do site: Mulher Negra & Cia

sábado, 18 de fevereiro de 2012

NOVO ESPAÇO CULTURAL RECEBE UM NOME IMPORTANTE!

O projeto No Palco da Vida foi criado pelo ator Wal Schneider, que administra o centro cultural junto com o também ator Victor Meirelles. O grupo de teatro, composto basicamente por crianças e adolescentes do Complexo do Alemão, começou seus trabalhos no SESC de Ramos e ensaiava de favor na casa de seus componentes ou á sombra de um muro.
Wal ressentia-se de um espaço para poder desenvolver melhor suas atividades, e idealizou o  projeto do centro. Foi Victor, sobrinho de Chica, quem sugeriu a homenagem a uma das maiores atrizes brasileiras. O espaço escolhido foi uma casa quase em ruínas no centro de Olaria, que foi reformada e limpa pelos próprios adolescentes que compõe o grupo.
O espaço já realiza algumas atividades abertas para o público em geral. Entre elas estão: teatro infantil e adulto, modelo e manequim, violão, canto e interpretação para TV. A visitação também está disponível para quem quiser saber um pouquinho mais sobre a vida desta grande atriz.
Centro Cultural Chica Xavier:
Rua Uranos, 1363 – Olaria. Telefones: 4103-9442 / 7866-6438 / 8123-9427.
O centro é a sede do grupo teatral No Palco da Vida, e abre espaço para oficinas, cursos e espetáculos visando valorizar a cultura da região.
Em uma casa antiga, o Centro Cultural contará com biblioteca, videoteca com mais de 10 mil títulos sobre cultura e arte, além de uma exposição permanente sobre a atriz Chica Xavier.

O ano era 1993, e a TV Globo exibia a novela das 20h, “Renascer”, de Benedito Ruy Barbosa, que fazia um sucesso absurdo. Como uma espécie de oráculo místico da trama, reinava a atriz baiana de 76 anos, Chica Xavier, que caiu nas graças do público pela sua sensibilidade histórica na teledramaturgia nacion
Notícias do blog RevistraAfro.Com

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

SÉRIE: HERÓI QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

Foto original do Red Tails of Tuskegee
Red Tails, a aventura dos Tuskegee Airmen no cinema
Histórias verídicas, Red Tails conta a história dos primeiros pilotos negros da força aérea dos EUA, que combateram durante a II Guerra Mundial enfrentando os perigos do conflito e os preconceitos raciais das altas patentes do exército norte-americano.
Trata-se  exatamente do 332º esquadrão de combate e do 447º esquadrão de bombardeamento, que foram treinados em Tuskegee, no Alabama e por isso
ficaram conhecidos como
Tuskegee Airmen, embora tivessem também alcunha de Airmen Redtails, pilotos da cauda vermelha ou Redtails Angels, anjos da cauda vermelha, por terem a cauda e  bico dos aviões pintados de vermelho.
Até então, nenhum negro tinha sido piloto na força aérea dos EUA e os poucos afro-americanos que sabiam pilotar tinham sido treinados no estrangeiro ou centros de instrução civis. Em 1939, o governo de Washington aprovou o treino de pilotos negros em caso de emergência nacional e, num derradeiro esforço para impedir o acesso dos negros à Forca Aérea, os comandos exigiram candidatos com experiência de voo e formação universitária, mesmo assim alistaram-se 429 negros satisfazendo os requisitos. 
O centro de treinos dos esquadrões 332 e 447 foi instalado em 1940 no Instituto Tuskegee, em Alabama, um estabelecimento de ensino aberto no fim da Guerra Civil como escola de formação de professorado para os escravos
recém-libertados e os seus filhos.
Em 2 de setembro de 1941, o então capitão Benjamim Oliver Davis Jr. tornou-se o primeiro piloto negro formado em Tuskegee e, até 1945, seguiram-se mais 996
Davis foi o primeiro comandante do esquadrão 332 e mais tarde o primeiro general negro da Força Aérea dos EUA.
Os Tuskegee Airmen realizaram 1.578 missões e perderam 150 homens em combate ou acidentes. O esquadrão 332, dotado dos caças Mustang P-47,  esteve envolvido na Operação Tocha, que expulsou as tropas nazistas  da Sicilia e de Itália. O esquadrão 447 fazia escoltas de bombardeiros pesados com o Mitchell B-25, o mais famoso bombardeiro médio da II Guerra Mundial, capaz de operar a partir de porta-aviões e que foi usado também pelos ingleses e russos.
Foi creditado aos Tuskegee Aimen o derrube de 111 aviões inimigos, a destruição de 150 aviões em terra e de 950 comboios e colunas de camiões. Houve até um dia em que as metralhadoras do Mustang P-47 do tenente Pierson
afundaram um destróier alemão

Quer saber mais , contarei na 2ª parte desta série log,logo  e o filme vem aí...

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mulheres mostram sua força e dividem prêmio Nobel da Paz 2011
Posted: 19 Jan 2012 04:40 AM PST
RevistaAfro.Com
Em 2011, um feito inédito marcou a premiação do Prêmio Nobel da Paz. Três mulheres – a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman – foram laureadas com a homenagem. Ellen e Leymah são negras, assim como o vencedor de 2010, o atual presidente americano Barack Obama.
Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005. Economista e mãe de quatro filhos, ela é chamada de “dama de ferro” em seu país, e após ser agraciada com o prêmio, foi reeleita na Libéria, um feito inédito na África.
“Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres”, disse Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, ao justificar a premiação.
A compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003. Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma “greve de sexo” em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas. A ativista estava em Nova York quando soube do prêmio e se mostrou surpresa. Para ela, as mulheres devem se organizar mais e agir para resolver seus problemas, seja lá quais forem estes.
E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
Thorbjoern Jagland argumentou que as laureadas foram “recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz”.
“A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar”, disse o presidente.

domingo, 15 de janeiro de 2012

ANDERSON SILVA.



Homem de poucas palavras, Anderson Silva caminha sobre a linha tênue entre arrogância e confiança. Filósofo em espírito e homem dedicado à família, tem uma personalidade forte e respeito pelo esporte e ódio pelo seu oponente; a mente e o corpo de Silva serão postos à prova, quando são retiradas as camadas de pele de um lutador e revelado o coração de um campeão.
Mas a vida do Aranha nem sempre foi assim. Em entrevista à revista ESPN, ele contou que já foi vítima de preconceito na juventude e relembrou de quando ainda trabalhava em uma lanchonete de Curitiba.

“Um cara perguntou se tinha alguém para atendê-lo. Respondi: ‘Estou aqui para lhe atender’. Ele falou que não queria ser atendido por um negro. Chamei o meu gerente, expliquei a situação e ele falou que o senhor seria atendido por mim ou não seria atendido por ninguém. O cara saiu bufando da lanchonete”, afirmou.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

 Mais atualização da situação do negro no país
       essa veio de Luciana Reis do IME

Instituto Mídia Étnica lança a campanha “Contrarie as Estatísticas”

Apresentar ao jovem negro e negra de periferia que outro caminho é possível diferente daqueles apontados por estatísticas e indicadores sociais, é o principal objetivo da campanha “Contrarie as Estatísticas”, lançada nesta semana pelo Instituto Mídia Étnica/Correio Nagô. Os últimos indicadores sociais apontam o alto de risco de vulnerabilidades e desigualdades aos quais a juventude negra brasileira está exposta, a exemplo, do aumento da taxa de homicídios, analfabetismo, gravidez na adolescência, pobreza, entre outros.
A proposta do IME, como o Instituto é carinhosamente chamado pelos seus integrantes, é trazer referências de jovens negros e negras que vieram de comunidade carentes e que conseguiram driblar estes índices e ocupam lugar de destaque e de decisão na sociedade. Segundo dados do relatório “Situação da Adolescência Brasileira 2011 – O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), atualmente vivem no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos, destes 56,6% são negros. Na Bahia, são aproximadamente dois milhões de adolescentes, deste 78,3% são de garotos e garotas negras. De acordo com dados da agência da ONU, projeções demográficas mostram que o país não voltará a ter uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população.
Visando garantir oportunidades e a concretização dos devidos direitos desse segmento da população, que é o direito à vida e o direito de serem plenamente adolescentes e jovens, o Instituto Mídia Étnica convoca a sociedade brasileira a contrariar as estatísticas e os indicadores sociais que violam esses direitos, a partir de referências positivas desta juventude. “O jovem negro e negra brasileira precisam de exemplos que lhe sejam contemporâneos, ou seja, eles precisam saber que podem ser advogados, médicos, jornalistas, publicitários, que eles podem ter ensino superior e principalmente que eles podem estar vivos para realizar isso. É por isso que na campanha trazemos como referência, jovens que conseguiram contrariar essas estatísticas, dados estes que na maioria das vezes se transformam em números e mais números ao invés de ações concretas que mudem essa realidade”, explicou a coordenadora executiva do Instituo Mídia Étnica, Ilka Danusa.
Veja abaixo mais dados sobre as vulnerabilidades que atingem a juventude negra brasileira:

Homícidios
Em quatro anos, a taxa de homicídios entre adolescentes de 12 a 18 anos na Bahia teve um crescimento de quase 400% – em 2004, a taxa medida por 100 mil habitantes da mesma idade era de 8,6, em 2009 a taxa chegou a 31,1. O adolescente negro desta faixa etária tem 3,7 vezes mais risco de ser assassinado em comparação com adolescentes brancos, segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 2009.

Situação de Rua
São 24 mil meninos e meninas em situação de rua no Brasil, segundo dados de um estudo do Consleho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (2011). Entre eles, 70% são meninos. Dos 24 mil adolescentes que estão expostos a todo tipo de violação de seus direitos, quase metade deles (45,1%) tem entre 12 e 15 anos e 72,8% são negros (pretos e pardos).

Extrema Pobreza (até ¼ de salário mínimo)
A média nacional de adolescentes vivendo em situação de extrema pobreza, em 2009, era de 17,6%. Entre meninos e meninas negras esse índice chega a 22%. Os adolescentes negros que vivem nas regiões Norte e Nordeste são ainda mais vulneráveis. No Nordeste, enquanto 26% dos meninos e meninas brancos eram extremamente pobres, entre os negros, esse índice é de 31,5%.

Educação
Apesar dos avanços na educação, o percentual de adolescentes entre 16 e 17 anos negros que tinham o ensino fundamental era de 56% em 2009, em comparação aos adolescentes brancos que tem o percentual de 75,6%. No que se refere ao ensino médio, enquanto 60,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos brancos frequentavam as escolas em 2009, entre os adolescentes negros, o índice era de 43,4%. Os adolescentes de 15 a 17 anos brancos atingem 7,8 anos de estudo, em média, e os negros 6,8.

Gravidez
A taxa de incidência de gravidez na adolescência é maior entre as adolescentes negras, o percentual é 6,1% entre as meninas negras de 15 e 17 anos, em comparação com o índice entre as adolescentes brancas, de 3,9%

Mercado de Trabalho
Dados da pesquisa de emprego e desemprego da Região Metropolitana de Salvador , intitulada “A Desigualdade entre Negros e Não-Negros no Mercado de Trabalho”, do Dieese 2009, apontam que a presença negra na População Economicamente Ativa (PEA - 2008) alcança 85,4%. Contudo, a ocupação desta parcela se dá, com frequência, em setores e posições em que os rendimentos são menores (negros: R$ 4,75 e os não-negros: R$ 9,63; as jornadas mais extensas (42 horas semanais para negros e 41 horas para os não negros) e participação em postos de direção (28,4% para não negros e 9,1% para negros).

Informações : 71- 9959-2350 \ 71 8782-7739 – Luciane Reis ( Coordenadora da Instituição e da Campanha)
http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blog/list?user=2oab3ruakukn8

Cem Mil Mulheres Negras

Cem mil mulheres negras
 
Venho aqui reproduzir o artigo do site Missões do Quilombo
A marcha foi idealizada, no refeitório do Tulip Inn Hotel, Salvador-BA, por ocasião do Encontro Paralelo da Sociedade Civil para o Afro XXI: Encontro Ibero Americano do Ano dos Afrodescendentes (16 a 20 de novembro de 2011) e será gestada até 28 de setembro de 2015. Trata-se de uma iniciativa da AMNB - Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, mas, atente! A intenção é conseguir aglutinar o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras organizações do Movine (Movimento Negro), sem dispensar o apoio de organizações de mulheres e de todo tipo de organização que apóie a equidade sócio-racial. Sem dúvida, o protagonismo é de MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS.


Data escolhida:

O ano de 2015 marcará os 320 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares, o qual, como qualquer outra pessoa, teve mãe, e provavelmente, negra. O dia escolhido para essa grande marcha foi o 28 de setembro – “Dia da Mãe Preta”. Neste dia, no ano de 1871, foi assinada LEI Nº 2040, que veio a se chamar Lei do Ventre Livre. Tod@s nós sabemos que a referida lei, bem como a Lei do Brasil nº 3.270, de 28 de setembro de 1885 (Lei dos Sexagenários) e a Lei Imperial n.º 3.353, 13.05.1888 (Lei Áurea), não cumpriram a função para a qual pretensamente se destinavam; aliás, a Lei do sexagenário, ao fim e ao cabo, desobrigou dar apoio ao escravizado maior de 60 anos - os senhores puderam “botar no olho da rua” os escravizados, os quais não tiveram direito ao “FGTS”. A Lei do Ventre Livre, a rigor, pode ser considerada a origem do problema da criança abandonada (sobretudo negra). Acreditamos, por motivos diversos, que a marcha das 100 mil mulheres negras será importante para resignificar o Dia da Mãe Preta.

Assim, conforme diz nosso primeiro convite, marcharemos em homenagem às nossas ancestrais e em defesa da cidadania plena das mulheres negras brasileiras, porque:

- nós mulheres negras (pretas + pardas) somos cerca de 49 milhões espalhadas por todo o Brasil;
- o racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, tem prejudicado nossa vida, rebaixando a nossa auto-estima coletiva e nossa própria sobrevivência;
- o fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo, etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras;
- as mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho;
- a construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social;
- as mulheres negras sustentam o grupo familiar desempenhando tarefas informais, que as levam a trabalhar em duplas e triplas jornadas de trabalho;
- ainda não temos os nossos direitos humanos (direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) plenamente respeitados.

O Convite-convocação é geral:

Temos interesse especial em mobilizar: meninas negras, adolescentes e jovens negras, do campo e das cidades; negras enfermeiras, negras professoras, negras empregadas domésticas, negras quilombolas, negras prostitutas, negras médicas, negras ligadas às religiões de matriz africana; negras cujos filhos/as foram assassinados pela polícia, negras lavadeiras, negras cozinheiras, negras da construção civil, negras cristãs (católicas, anglicanas, presbiterianas, batistas, testemunha de Jeová, assembleianas,...), negras desportista, negras artistas, negras atéias, negras portadoras de deficiência, negras regueiras, negras rapers, negras funkeiras; negras garis, negras empresárias, negras que conseguiram cursar o terceiro grau; negras cujos parentes foram assassinados nos episódios do Carandiru, Candelária, Vigário Geral, Eldorado dos Carajás e outros massacres; negras lésbicas; negras bissexuais, negras transsexuais; negras modelos, negras sem terra, negras atingidas por barragens, negras sem teto, negras ribeirinhas, negras extrativistas, negras não alfabetizadas; negras que foram mal atendidas no sistema de saúde). Ou seja, todas as mulheres negras, inclusive, e principalmente, as quem foram e/ou estão sendo discriminadas por vizinhos, por  médic@s, por dentistas e outros, mas que têm se sentido impotente diante de tão grande opressão.

O tamanho da marcha:

O Brasil tem a maior população negra fora da África e nós mulheres negras (pretas+ pardas) somos cerca de 49 MILHÕES, assim, 100 mil será apenas uma pequena delegação. Então, a idéia é viabilizar o deslocamento à Brasília, da representação de, pelo menos, 2.000 municípios (o total é 5.564), deverá sair um (01) ônibus, com 40 meninas-adolescentes-jovens-adultas-idosas negras.

Preparação:

Na capital de cada Estado haverá espaços de referências que agregarão uma ou mais organizações negras que funcionarão como Ife-nulé, (que significa referência, em yorubá). Cada Ife-nulé ficará responsável por garantir a capilaridade para os municípios, os quais poderão, por sua vez, ter seus próprios Ife-nulé.

O propósito maior:

O processo de mobilização e preparação será um dos maiores ganhos da marcha. Oficinas ligadas às mais diversas expressões da cultura negra de cada estado-município poderão ser realizadas; oficinas ligadas à geração de renda, de apropriação de novas tecnologias e outras, poderão servir de base para o estímulo ao aumento da auto-estima coletiva das mulheres negras deste país.

Chamamento à solidariedade:

AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – convida a todas para construir e participar da Marcha das 100 mil mulheres negras. Nosso objetivo, entre outros, é exigir do estado brasileiro, bem como de todos os setores da nossa sociedade, respeito e compromisso com a promoção da equidade racial e de gênero, a fim de que possamos exercer plenamente os nossos direitos como cidadãs brasileiras e construtoras históricas do Brasil.
 O desafio é grande, mas, enfrentar problemas, até então, sempre foi especialidade DE TODA mulher negra!
 http://2015-marchadascemmilmulheresnegras.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ANO BOM, 2012

QUE VENHA O ANO DE 2012, TRAZER OPORTUNIDADES PARA TODOS OS CIDADÕES AFRODESCENDENTES NESTE PAÍS