segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mulheres mostram sua força e dividem prêmio Nobel da Paz 2011
Posted: 19 Jan 2012 04:40 AM PST
RevistaAfro.Com
Em 2011, um feito inédito marcou a premiação do Prêmio Nobel da Paz. Três mulheres – a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman – foram laureadas com a homenagem. Ellen e Leymah são negras, assim como o vencedor de 2010, o atual presidente americano Barack Obama.
Ellen Johnson Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser livremente eleita presidente de um país africano, em 2005. Economista e mãe de quatro filhos, ela é chamada de “dama de ferro” em seu país, e após ser agraciada com o prêmio, foi reeleita na Libéria, um feito inédito na África.
“Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o lugar das mulheres”, disse Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, ao justificar a premiação.
A compatriota Leymah Gbowee teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003. Ela mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando inclusive uma “greve de sexo” em 2002.
Também organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas. A ativista estava em Nova York quando soube do prêmio e se mostrou surpresa. Para ela, as mulheres devem se organizar mais e agir para resolver seus problemas, seja lá quais forem estes.
E Tawakkul Karman, ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática que vem sacudindo politicamente vários países do mundo árabe desde o início do ano.
Thorbjoern Jagland argumentou que as laureadas foram “recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz”.
“A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar”, disse o presidente.

domingo, 15 de janeiro de 2012

ANDERSON SILVA.



Homem de poucas palavras, Anderson Silva caminha sobre a linha tênue entre arrogância e confiança. Filósofo em espírito e homem dedicado à família, tem uma personalidade forte e respeito pelo esporte e ódio pelo seu oponente; a mente e o corpo de Silva serão postos à prova, quando são retiradas as camadas de pele de um lutador e revelado o coração de um campeão.
Mas a vida do Aranha nem sempre foi assim. Em entrevista à revista ESPN, ele contou que já foi vítima de preconceito na juventude e relembrou de quando ainda trabalhava em uma lanchonete de Curitiba.

“Um cara perguntou se tinha alguém para atendê-lo. Respondi: ‘Estou aqui para lhe atender’. Ele falou que não queria ser atendido por um negro. Chamei o meu gerente, expliquei a situação e ele falou que o senhor seria atendido por mim ou não seria atendido por ninguém. O cara saiu bufando da lanchonete”, afirmou.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

 Mais atualização da situação do negro no país
       essa veio de Luciana Reis do IME

Instituto Mídia Étnica lança a campanha “Contrarie as Estatísticas”

Apresentar ao jovem negro e negra de periferia que outro caminho é possível diferente daqueles apontados por estatísticas e indicadores sociais, é o principal objetivo da campanha “Contrarie as Estatísticas”, lançada nesta semana pelo Instituto Mídia Étnica/Correio Nagô. Os últimos indicadores sociais apontam o alto de risco de vulnerabilidades e desigualdades aos quais a juventude negra brasileira está exposta, a exemplo, do aumento da taxa de homicídios, analfabetismo, gravidez na adolescência, pobreza, entre outros.
A proposta do IME, como o Instituto é carinhosamente chamado pelos seus integrantes, é trazer referências de jovens negros e negras que vieram de comunidade carentes e que conseguiram driblar estes índices e ocupam lugar de destaque e de decisão na sociedade. Segundo dados do relatório “Situação da Adolescência Brasileira 2011 – O direito de ser adolescente: Oportunidade para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), atualmente vivem no Brasil 21 milhões de meninos e meninas entre 12 e 18 anos, destes 56,6% são negros. Na Bahia, são aproximadamente dois milhões de adolescentes, deste 78,3% são de garotos e garotas negras. De acordo com dados da agência da ONU, projeções demográficas mostram que o país não voltará a ter uma participação percentual tão significativa dos adolescentes no total da população.
Visando garantir oportunidades e a concretização dos devidos direitos desse segmento da população, que é o direito à vida e o direito de serem plenamente adolescentes e jovens, o Instituto Mídia Étnica convoca a sociedade brasileira a contrariar as estatísticas e os indicadores sociais que violam esses direitos, a partir de referências positivas desta juventude. “O jovem negro e negra brasileira precisam de exemplos que lhe sejam contemporâneos, ou seja, eles precisam saber que podem ser advogados, médicos, jornalistas, publicitários, que eles podem ter ensino superior e principalmente que eles podem estar vivos para realizar isso. É por isso que na campanha trazemos como referência, jovens que conseguiram contrariar essas estatísticas, dados estes que na maioria das vezes se transformam em números e mais números ao invés de ações concretas que mudem essa realidade”, explicou a coordenadora executiva do Instituo Mídia Étnica, Ilka Danusa.
Veja abaixo mais dados sobre as vulnerabilidades que atingem a juventude negra brasileira:

Homícidios
Em quatro anos, a taxa de homicídios entre adolescentes de 12 a 18 anos na Bahia teve um crescimento de quase 400% – em 2004, a taxa medida por 100 mil habitantes da mesma idade era de 8,6, em 2009 a taxa chegou a 31,1. O adolescente negro desta faixa etária tem 3,7 vezes mais risco de ser assassinado em comparação com adolescentes brancos, segundo dados do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA) de 2009.

Situação de Rua
São 24 mil meninos e meninas em situação de rua no Brasil, segundo dados de um estudo do Consleho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos (2011). Entre eles, 70% são meninos. Dos 24 mil adolescentes que estão expostos a todo tipo de violação de seus direitos, quase metade deles (45,1%) tem entre 12 e 15 anos e 72,8% são negros (pretos e pardos).

Extrema Pobreza (até ¼ de salário mínimo)
A média nacional de adolescentes vivendo em situação de extrema pobreza, em 2009, era de 17,6%. Entre meninos e meninas negras esse índice chega a 22%. Os adolescentes negros que vivem nas regiões Norte e Nordeste são ainda mais vulneráveis. No Nordeste, enquanto 26% dos meninos e meninas brancos eram extremamente pobres, entre os negros, esse índice é de 31,5%.

Educação
Apesar dos avanços na educação, o percentual de adolescentes entre 16 e 17 anos negros que tinham o ensino fundamental era de 56% em 2009, em comparação aos adolescentes brancos que tem o percentual de 75,6%. No que se refere ao ensino médio, enquanto 60,3% dos adolescentes de 15 a 17 anos brancos frequentavam as escolas em 2009, entre os adolescentes negros, o índice era de 43,4%. Os adolescentes de 15 a 17 anos brancos atingem 7,8 anos de estudo, em média, e os negros 6,8.

Gravidez
A taxa de incidência de gravidez na adolescência é maior entre as adolescentes negras, o percentual é 6,1% entre as meninas negras de 15 e 17 anos, em comparação com o índice entre as adolescentes brancas, de 3,9%

Mercado de Trabalho
Dados da pesquisa de emprego e desemprego da Região Metropolitana de Salvador , intitulada “A Desigualdade entre Negros e Não-Negros no Mercado de Trabalho”, do Dieese 2009, apontam que a presença negra na População Economicamente Ativa (PEA - 2008) alcança 85,4%. Contudo, a ocupação desta parcela se dá, com frequência, em setores e posições em que os rendimentos são menores (negros: R$ 4,75 e os não-negros: R$ 9,63; as jornadas mais extensas (42 horas semanais para negros e 41 horas para os não negros) e participação em postos de direção (28,4% para não negros e 9,1% para negros).

Informações : 71- 9959-2350 \ 71 8782-7739 – Luciane Reis ( Coordenadora da Instituição e da Campanha)
http://negrosnegrascristaos.ning.com/profiles/blog/list?user=2oab3ruakukn8

Cem Mil Mulheres Negras

Cem mil mulheres negras
 
Venho aqui reproduzir o artigo do site Missões do Quilombo
A marcha foi idealizada, no refeitório do Tulip Inn Hotel, Salvador-BA, por ocasião do Encontro Paralelo da Sociedade Civil para o Afro XXI: Encontro Ibero Americano do Ano dos Afrodescendentes (16 a 20 de novembro de 2011) e será gestada até 28 de setembro de 2015. Trata-se de uma iniciativa da AMNB - Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, mas, atente! A intenção é conseguir aglutinar o máximo de organizações de mulheres negras, assim como outras organizações do Movine (Movimento Negro), sem dispensar o apoio de organizações de mulheres e de todo tipo de organização que apóie a equidade sócio-racial. Sem dúvida, o protagonismo é de MULHERES NEGRAS BRASILEIRAS.


Data escolhida:

O ano de 2015 marcará os 320 anos do assassinato de Zumbi dos Palmares, o qual, como qualquer outra pessoa, teve mãe, e provavelmente, negra. O dia escolhido para essa grande marcha foi o 28 de setembro – “Dia da Mãe Preta”. Neste dia, no ano de 1871, foi assinada LEI Nº 2040, que veio a se chamar Lei do Ventre Livre. Tod@s nós sabemos que a referida lei, bem como a Lei do Brasil nº 3.270, de 28 de setembro de 1885 (Lei dos Sexagenários) e a Lei Imperial n.º 3.353, 13.05.1888 (Lei Áurea), não cumpriram a função para a qual pretensamente se destinavam; aliás, a Lei do sexagenário, ao fim e ao cabo, desobrigou dar apoio ao escravizado maior de 60 anos - os senhores puderam “botar no olho da rua” os escravizados, os quais não tiveram direito ao “FGTS”. A Lei do Ventre Livre, a rigor, pode ser considerada a origem do problema da criança abandonada (sobretudo negra). Acreditamos, por motivos diversos, que a marcha das 100 mil mulheres negras será importante para resignificar o Dia da Mãe Preta.

Assim, conforme diz nosso primeiro convite, marcharemos em homenagem às nossas ancestrais e em defesa da cidadania plena das mulheres negras brasileiras, porque:

- nós mulheres negras (pretas + pardas) somos cerca de 49 milhões espalhadas por todo o Brasil;
- o racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, tem prejudicado nossa vida, rebaixando a nossa auto-estima coletiva e nossa própria sobrevivência;
- o fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo, etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras;
- as mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho;
- a construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social;
- as mulheres negras sustentam o grupo familiar desempenhando tarefas informais, que as levam a trabalhar em duplas e triplas jornadas de trabalho;
- ainda não temos os nossos direitos humanos (direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) plenamente respeitados.

O Convite-convocação é geral:

Temos interesse especial em mobilizar: meninas negras, adolescentes e jovens negras, do campo e das cidades; negras enfermeiras, negras professoras, negras empregadas domésticas, negras quilombolas, negras prostitutas, negras médicas, negras ligadas às religiões de matriz africana; negras cujos filhos/as foram assassinados pela polícia, negras lavadeiras, negras cozinheiras, negras da construção civil, negras cristãs (católicas, anglicanas, presbiterianas, batistas, testemunha de Jeová, assembleianas,...), negras desportista, negras artistas, negras atéias, negras portadoras de deficiência, negras regueiras, negras rapers, negras funkeiras; negras garis, negras empresárias, negras que conseguiram cursar o terceiro grau; negras cujos parentes foram assassinados nos episódios do Carandiru, Candelária, Vigário Geral, Eldorado dos Carajás e outros massacres; negras lésbicas; negras bissexuais, negras transsexuais; negras modelos, negras sem terra, negras atingidas por barragens, negras sem teto, negras ribeirinhas, negras extrativistas, negras não alfabetizadas; negras que foram mal atendidas no sistema de saúde). Ou seja, todas as mulheres negras, inclusive, e principalmente, as quem foram e/ou estão sendo discriminadas por vizinhos, por  médic@s, por dentistas e outros, mas que têm se sentido impotente diante de tão grande opressão.

O tamanho da marcha:

O Brasil tem a maior população negra fora da África e nós mulheres negras (pretas+ pardas) somos cerca de 49 MILHÕES, assim, 100 mil será apenas uma pequena delegação. Então, a idéia é viabilizar o deslocamento à Brasília, da representação de, pelo menos, 2.000 municípios (o total é 5.564), deverá sair um (01) ônibus, com 40 meninas-adolescentes-jovens-adultas-idosas negras.

Preparação:

Na capital de cada Estado haverá espaços de referências que agregarão uma ou mais organizações negras que funcionarão como Ife-nulé, (que significa referência, em yorubá). Cada Ife-nulé ficará responsável por garantir a capilaridade para os municípios, os quais poderão, por sua vez, ter seus próprios Ife-nulé.

O propósito maior:

O processo de mobilização e preparação será um dos maiores ganhos da marcha. Oficinas ligadas às mais diversas expressões da cultura negra de cada estado-município poderão ser realizadas; oficinas ligadas à geração de renda, de apropriação de novas tecnologias e outras, poderão servir de base para o estímulo ao aumento da auto-estima coletiva das mulheres negras deste país.

Chamamento à solidariedade:

AMNB – Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras – convida a todas para construir e participar da Marcha das 100 mil mulheres negras. Nosso objetivo, entre outros, é exigir do estado brasileiro, bem como de todos os setores da nossa sociedade, respeito e compromisso com a promoção da equidade racial e de gênero, a fim de que possamos exercer plenamente os nossos direitos como cidadãs brasileiras e construtoras históricas do Brasil.
 O desafio é grande, mas, enfrentar problemas, até então, sempre foi especialidade DE TODA mulher negra!
 http://2015-marchadascemmilmulheresnegras.blogspot.com/

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ANO BOM, 2012

QUE VENHA O ANO DE 2012, TRAZER OPORTUNIDADES PARA TODOS OS CIDADÕES AFRODESCENDENTES NESTE PAÍS