terça-feira, 17 de abril de 2012

JESUS ERA NEGRO?

Assim começa a postagem da RevistaAfro sobre a origem daquEle que teria sido enviado por Deus para salvar a humanidade.

A figura de Jesus Cristo como um homem branco, de cabelos lisos compridos, traços finos e delicados, e olhos azuis, ficou marcada durante séculos no imaginário universal graças à sua representação em obras de arte, filmes, espetáculos, e afins. Porém, existe uma grande polêmica em torna da sua real aparência. A maioria insiste em confirmar sua beleza alva, mas, há indícios fortes que comprovam o oposto.
Alguns cientistas já criaram, inclusive, uma imagem que mostra como seria o rosto de Jesus, de acordo com os padrões geográficos do território em que ele vivia. A pespectiva passa bem longe da imagem que temos hoje, que segundo alguns, foi forjada nos padrões de beleza ocidentais.
A principal teoria é de que a maioria das figuras humanas já produzidas para retratar o “filho do homem” foram confeccionadas na Europa por artistas brancos. Dessa forma, a sua imagem teria seguido padrões de estética do período histórico em questão. Além disso, a própria Bíblia, em diversas citações, mostra que Jesus poderia muito bem ter sido um homem negro.
Antes de tudo: ele nasceu em Belém de Judá, região que, à época, pertencia a África! Sim, indivíduos brancos eram raros naquelas bandas. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte do continente africano, e esta visão perdurou até 1859, quando o território passou a integrar a Ásia.
Outro forte indício de que Jesus não era branco é que ele era da Tribo de Judá, uma das tribos africanas de Israel. Explica-se: os ancestrais masculinos de Jesus vêm da linha de Sem (miscigenados). No entanto, a sua genealogia foi misturada com a linha de Cam (negros) desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia.
O antepassado direto de Jesus através de Cam é narrado em Gênesis: Tamar, a mulher Cananéia (negra) fica grávida de Judá, e dá à luz aos gêmeos Zerá e Perez, formando a Tribo de Judá, antepassados do Rei Davi e de José e Maria, os pais terrenos de Jesus.
A farsa de sua cor clara
Outra prova: não foi por mero acaso que Deus enviou Maria e José ao Egito com o propósito de esconder o menino Jesus do Rei Herodes, como é citado no livro de Mateus, do Novo Testamento. Ele não poderia ser escondido no norte da África se fosse um menino branco. Não por proteção militar, já que nessa época, o Egito era uma província romana sob o controle romano, mas porque o Egito ainda era um país habitado por pessoas negras.
Assim, a família teria sido apenas mais que fugiu para o Egito com a finalidade de se misturar a outras famílias negras. Se Jesus fosse branco, loiro, e de olhos claros, teria sido no mínimo complicado de ele se miturar aos egípcios negros, certo?
E ainda citando a Bíblia, no livro Apocalipse ele é chamado de o “Cordeiro de Deus”, segundo a Escritura Sagrada, com seu cabelo lanoso, sendo comparado a lã de cordeiro, e os pés com a cor de bronze queimado, uma aparência semelhante a da pedra de jaspe e de sardônio, que são geralmente pedras amarronzadas.
As provas não mentem, mas, para muitos ainda há bastante controvérsia. As cores das pedras citadas em Apocalipse, jaspe e sardônio não são únicas e absolutas, são de diversas possibilidades. Portanto, se Jesus era negro ou não, provavelmente a humanidade nunca vai saber. Mas seus ensinamentos continuam: independetemente da cor, somos todos iguais.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

HÁ PRECONCEITO NO OSCAR ?

A mulher Negra no Cinema Americano

Na última cerimônia do Oscar, um disputa acirrada marcou a categoria de melhor atriz. Meryl Streep e sua irretocável interpretação de Margareth Tatcher em “A Dama de Ferro” competia com a emocionante performance da atriz negra Viola Davis no filme “Histórias Cruzadas”. Meryl levou a melhor. Amigas há anos, as duas trocaram elogios, no entanto, Viola levantou uma questão importante na indústria do cinema.
“Qual é a atriz negra equivalente a Meryl Streep ou a Julia Roberts e Nicole Kidman?” Esta foi a pergunta retórica da atriz dirigida em entrevista ao tabloide britânico The Sun. Viola afirma que há pouquíssimos papéis dedicados a mulheres negras no cinema americano, e que, em sua maioria, eles são sempre os mesmos.
- A única possibilidade que existe é interpretar uma matriarca autoritária e vulgar. Se propuser algo diferente disso, você simplesmente desaparece. Não há personagem para você. As negras só têm espaço para o mesmo perfil, sempre – protesta ela.
Por renegar qualquer estereótipo racial, Viola quase desistiu do papel em “Histórias Cruzadas”, filme em que interpreta uma babá oprimida pelos patrões brancos por questões raciais.
- Quando percebi a riqueza da personagem, eu não resisti -, contou.
A escravidão nos Estados Unidos foi abolida em 1863, durante a Guerra da Secessão. Mas quase um século depois, os negros do país ainda viviam sob um rígido sistema de segregação. Recebiam salários ínfimos, eram obrigados a sentar nos lugares do fundo no ônibus, e tinham banheiros e até bebedouros “exclusivos”, entre outras barbaridades. Nesse apartheid no racista estado do Mississipi, na cidade de Jackson, vivem no início dos anos 1960 as protagonistas de “Histórias Cruzadas”, no original “The Help”, dirigido por Tate Taylor.
Viola, que ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores por sua participação no filme, afirma que o problema não se restringe somente à escassez de papéis. Os salários das atrizes negras, em sua maioria, são menores.
Não somente Viola, mas Thandie Newton, Whoopi Goldberg e Vanessa Williams também já andaram reclamando de salários baixos e de excessos de papéis estereotipados. A exceção é Halle Berry, primeira e única negra a levar o Oscar de melhor atriz para casa, e dona de salários um pouco maiores, porém, nada astronômicos como os de Meryl, Julia ou Nicole, citadas por Viola Davis.
- É um absurdo ver que, nos dias de hoje, ainda enfrentamos essas dificuldades! Espero que isso mude -, conclui Viola.
 Artigo do blog RevistaAfro

segunda-feira, 2 de abril de 2012

LEWIS HAMILTOM - O ESPELHO PARA UMA LEGIÃO DE JOVENS NEGROS DO MUNDO INTEIRO

Lewis Hamilton: um bom motivo para acompanhar a F1

Por Wagner Prado
Pare de ignorar as transmissões da Fórmula 1 na televisão. Mesmo que você nada tenha a ver com o esporte, há um bom motivo para dar uma olhadinha no pódio durante a cerimônia de premiação.  Ali entre os três homens mais rápidos da corrida poderá estar um inglês de 27 anos chamado Lewis Hamilton. A maior conquista do cara foi se tornar Campeão Mundial aos 23 anos, em 2008. Seu maior feito: ter se tornado espelho para uma legião enorme de jovens negros que viram que era possível  chegar lá, mesmo sendo a F1 um do s esportes mais elitizados do mundo.
Lewis Hamilton poderia muito bem ter o apelido de Fenômeno. Ele até que tentou jogar futebol. Fez testes nas categorias de base do Arsenal, time inglês para o qual torce. Mas a pouca habilidade foi determinante para que optasse pelo automobilismo. Atrás de um volante o inglesinho se criou.
Desde garoto, Hamilton foi encarado como prodígio. As quebras de recordes e os resultados expressivos já no kart fizeram o pai dele, Anthony Hamilton, apostar tudo na carreira do filho. Anthony não titubeou em sair atrás de patrocínios e de contatos influentes que pudessem alavancar a carreira de Lewis. O sonho se concretizou em 2006, quando a equipe inglesa McLaren o anunciou como piloto para a temporada 2007. Começava ali algo meteórico.  Em sua primeira temporada, Hamilton chegou ao vice-campeonato. Na temporada 2008 ele colocou a mão no título.  Primeiro piloto negro na F1 e primeiro negro a chegar a um título mundial.
Depois do título, Hamilton seguiu o roteiro que faz a vida de outras celebridades esportivas masculinas: muito dinheiro, muita fama, muita badalação e resultados pouco expressivos. Alguém, além do próprio Lewis, tinha que pagar essa conta. E ela estourou nas costas da bela Nicole Scherzinger, vocalista do grupo musical Pussycat Dolls e namorada do piloto.  Anthony Hamilton, pai de Lewis, saiu atirando e disse que o relacionamento dos dois atrapalhava a carrreira do garoto prodígio. O desentendimento gerou um rompimento entre Lewis e seu pai. Enquanto Anthony se afastava das corridas e da carreira do filho, Nicole era vista em todos os GPs e ganhava mais e mais espaço. O rompimento entre os dois veio em outubro de 2011, ma s durou apenas dois meses.
A temporada 2012 começou em 18 de março. É bem provável que Nicole Scherzinger seja vista no boxe da McLaren, bem próxima de Lewis e de seu carro. Por ali também estará Anthony Hamilton, o pai zeloso. Uma conversa de Lewis com todos trouxe paz e tranqüilidade para o grupo. Agora é pisar fundo e, quem sabe, ser o primeiro negro da Fórmula 1 a se tornar bicampeão mundial. Carro e talento ele tem para isso
Do site: Mulher Negra & Cia