segunda-feira, 19 de agosto de 2013

NEM TUDO QUE PENSAM SOBRE A ÁFRICA É VERDADE


É interessante esse artigo que revela pontos importantes sobre a África que encontrei na Revista Afro online

Nem tudo o que as pessoas pensam sobre a África é verdade. E uma jornalista da Namíbia, Christine Vrey, decidiu provar que nem tudo o que parece é a realidade no continente. Revoltada com a ignorância das pessoas com quem já conversou a respeito de seu continente natal, Cristine elaborou uma lista com os 10 maiores mito sobre a África.
Segundo ela, o mundo ocidental sabe muito menos do que deveria sobre o continente africano, pecando por ignorância e preconceitos. Confira a lista:

1 – A ÁFRICA É UM PAÍS: Pode parecer inacreditável, mas muitas pessoas, segundo ela, ainda pensam que a África inteira é um país só. Na verdade, o continente africano tem 61 países ou territórios dependentes, e população superior a um bilhão de habitantes (o que faz deles o segundo continente mais populoso, atrás apenas da Ásia).


2 – TODA A ÁFRICA É UM DESERTO - Dependendo das referências (alguns filmes, por exemplo), um leigo pode imaginar que a África inteira seja um deserto escassamente povoado por beduínos e camelos.  Mas apenas as porções norte e sudoeste do continente (desertos do Saara e da Namíbia, respectivamente) são assim; a África apresenta um rico ecossistema com florestas, savanas e até montanhas onde há neve no cume.


3 – TODOS OS AFRICANOS VIVEM EM CABANAS - A fama de continente atrasado permite, segundo Vrey, que muitas pessoas achem que a população inteira habite cabanas com paredes de terra e teto de palha. A África, no entanto, tem moderníssimos centros urbanos nos quais vive, na realidade, a maior parte da população. As pessoas que habitam tais cabanas geralmente vêm de grupos tribais que conservam suas vilas no mesmo estado há muitas décadas.



4 – AFRICANOS SE ALIMENTAM COM COMIDAS ESTRANHAS E SELVAGENS- Uma cidade africana, de acordo com a jornalista, se assemelha a qualquer outra localidade ocidental no quesito alimentação: pode-se encontrar qualquer lanchonete de fast food, por exemplo. Christine explica que os hábitos alimentares dos africanos não diferem muito do nosso, exceto pelo que se come em algumas refeições, como o “braai” (o equivalente ao nosso churrasco).


5 – HÁ ANIMAIS  SELVAGENS POR TODA PARTE - Em uma cidade africana, você verá o mesmo número de leões ou zebras que encontraria nas ruas de qualquer metrópole mundial: zero. Não há absolutamente nenhuma condição favorável para eles nos centros urbanos, é óbvio que vivem apenas em seus habitat naturais. Se você quiser ir à África com o intuito de observar animais selvagens, terá que fazer uma viagem específica para esse fim.



6 – A ÁFRICA É EXCLUÍDA DIGITALMENTE - A jornalista Christine conta que ainda conversa com pessoas, pela internet, que ficam surpresas pelo simples fato de que ela, uma africana, tem acesso a computadores e internet! nUm dos interlocutores da jornalista chegou a perguntar se ela usava um computador movido a vapor. Ela explica que a tecnologia não perde muito tempo em fazer seus produtos mais modernos chegarem até a África,  e que eles estão cada vez menos atrasados em relação ao resto do mundo.



7 – EXISTE UM IDIOMA ÚNICO “AFRICANO” - Da mesma forma que ainda há gente que considera a África um único país, também existem pessoas que imaginam todos os habitantes do continente falando a mesma língua. Christine explica que apenas na Namíbia, de onde ela veio, há mais de 20 idiomas usuais, incluindo mais de um “importado” e alguns nativos. Nenhum país do continente tem menos de cinco dialetos correntes.



8 – A ÁFRICA TEM POUCOS HOTÉIS - Não é uma missão impossível encontrar hospedaria em uma visita ao continente africano. As maiores cidades do continente dispõem de dezenas de hotéis disponíveis para turistas. Só nas oito maiores cidades da África do Sul, segundo Vrey, existem 372 hoteis.



9 – AFRICANOS NÃO CONHECEM BANHEIROS - Há quem pense, de acordo com a jornalista, que todos os africanos sejam obrigados a fazer suas necessidades atrás do arbusto ou em latrinas a céu aberto. Isso vale, segundo ela, apenas para as áreas desérticas e vilarejos afastados. No geral, uma casa na África dispõe de um vaso sanitário muito semelhante ao seu.


10 – TODOS OS AFRICANOS SÃO NEGROS – Da mesma forma que houve miscigenação de raças na América, devido às intensas migrações de europeus, a África também recebeu essas misturas. Na Namíbia, por exemplo, há famílias africanas brancas descendentes de franceses, holandeses e portugueses. Mas não há apenas isso: o continente também abriga grandes comunidades de indianos, chineses e malaios, de modo que não se pode falar em “raça africana”.
Christine Vrey também explica que não existe uma “raça negra”. Muitas pessoas, de acordo com a jornalista, acham que todos os negros são da mesma raça ou grupo étnico. Ela conta que já ouviu pessoas descreverem a própria descendência como sendo, por exemplo, ¼ britânicos, ¼ hispânicos, ¼ russos e ¼ “negros”.
Isso é um engano: há várias características físicas dissonantes entre os povos de pele escura. As diferenças começam pela própria tonalidade: alguns povos têm a pele mais “avermelhada” ou mais marrom do que outros, e alguns são menos escuros, sem levar em conta a miscigenação. Não é possível falar, portanto, em “negros” simplesmente.

Fonte: Kultafro

ref: Revista Afro.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

TRISTE ESTATÍSTICA ?


Ao ler  no site da Revista Afro, é  preocupante com o pouco avanço que a população negra tem tido no âmbito universitário, pelo menos é o que diz a pesquisa no texto a seguir.

 O Censo Demográfico de 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) acaba de divulgar mais uma triste estatística. Todos as pessoas que se declararam negras, pretos ou pardos – que constituem 50,7% da população brasileira – são minoria entre os concluintes do ensino superior, segundo um estudo do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) feito a pedido do UOL.

Dos universitários que fizeram Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) em 2010, apenas 6,13% se declaravam pretos ou pardos.
 Na carreira de medicina, apenas 2,66% dos concluintes em 2010 eram da mesma cor. A estatística mostra que, apesar de serem maioria na população, são poucos os negros brasileiros que concluem o Ensino Superior.

 Em 2010, apenas 16.418 estudantes concluintes que prestaram o Enade se declararam negros de um total de 267.823 universitários. Em 2009, foram 35.958 negros dos 663.943 estudantes que fizeram o exame.
Em relação ao desempenho dos estudantes no Enade, os estudantes negros têm nota 1,7% menor do que os alunos não negros. Para o presidente do Inep, a diferença entre alunos negros e não negros é maior na educação básica, mas tem diminuído.  
O Enade

Criado em 2004, o Enade é aplicado anualmente pelo Inep e integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O objetivo é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos previstos nos cursos de graduação e avaliar a qualidade de cursos e instituições de ensino públicas e particulares de todo o país.
Participa do exame uma amostra selecionada de estudantes do primeiro e do último ano dos cursos. Para os selecionados que estão terminando a faculdade, a participação é obrigatória e condição indispensável para a emissão do histórico escolar. Estudantes não selecionados também podem fazer a prova como voluntários.
Na análise do Inep descrita nesta matéria, apenas os resultados de estudantes do último ano foram considerados.

Referência:  http://www.revistaafro.com.br/