Assim começa a postagem da RevistaAfro sobre a origem daquEle que teria sido enviado por Deus para salvar a humanidade.
A figura de Jesus Cristo como um homem branco, de cabelos lisos compridos, traços finos e delicados, e olhos azuis, ficou marcada durante séculos no imaginário universal graças à sua representação em obras de arte, filmes, espetáculos, e afins. Porém, existe uma grande polêmica em torna da sua real aparência. A maioria insiste em confirmar sua beleza alva, mas, há indícios fortes que comprovam o oposto.
Alguns cientistas já criaram, inclusive, uma imagem que mostra como seria o rosto de Jesus, de acordo com os padrões geográficos do território em que ele vivia. A pespectiva passa bem longe da imagem que temos hoje, que segundo alguns, foi forjada nos padrões de beleza ocidentais.
A principal teoria é de que a maioria das figuras humanas já produzidas para retratar o “filho do homem” foram confeccionadas na Europa por artistas brancos. Dessa forma, a sua imagem teria seguido padrões de estética do período histórico em questão. Além disso, a própria Bíblia, em diversas citações, mostra que Jesus poderia muito bem ter sido um homem negro.
Antes de tudo: ele nasceu em Belém de Judá, região que, à época, pertencia a África! Sim, indivíduos brancos eram raros naquelas bandas. Até a construção do Canal de Suez, Israel fazia parte do continente africano, e esta visão perdurou até 1859, quando o território passou a integrar a Ásia.
Outro forte indício de que Jesus não era branco é que ele era da Tribo de Judá, uma das tribos africanas de Israel. Explica-se: os ancestrais masculinos de Jesus vêm da linha de Sem (miscigenados). No entanto, a sua genealogia foi misturada com a linha de Cam (negros) desde os tempos passados em cativeiro no Egito e na Babilônia.
O antepassado direto de Jesus através de Cam é narrado em Gênesis: Tamar, a mulher Cananéia (negra) fica grávida de Judá, e dá à luz aos gêmeos Zerá e Perez, formando a Tribo de Judá, antepassados do Rei Davi e de José e Maria, os pais terrenos de Jesus.
A farsa de sua cor clara
Outra prova: não foi por mero acaso que Deus enviou Maria e José ao Egito com o propósito de esconder o menino Jesus do Rei Herodes, como é citado no livro de Mateus, do Novo Testamento. Ele não poderia ser escondido no norte da África se fosse um menino branco. Não por proteção militar, já que nessa época, o Egito era uma província romana sob o controle romano, mas porque o Egito ainda era um país habitado por pessoas negras.
Assim, a família teria sido apenas mais que fugiu para o Egito com a finalidade de se misturar a outras famílias negras. Se Jesus fosse branco, loiro, e de olhos claros, teria sido no mínimo complicado de ele se miturar aos egípcios negros, certo?
E ainda citando a Bíblia, no livro Apocalipse ele é chamado de o “Cordeiro de Deus”, segundo a Escritura Sagrada, com seu cabelo lanoso, sendo comparado a lã de cordeiro, e os pés com a cor de bronze queimado, uma aparência semelhante a da pedra de jaspe e de sardônio, que são geralmente pedras amarronzadas.
As provas não mentem, mas, para muitos ainda há bastante controvérsia. As cores das pedras citadas em Apocalipse, jaspe e sardônio não são únicas e absolutas, são de diversas possibilidades. Portanto, se Jesus era negro ou não, provavelmente a humanidade nunca vai saber. Mas seus ensinamentos continuam: independetemente da cor, somos todos iguais.
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