A mulher Negra no Cinema Americano
Na última cerimônia do Oscar, um disputa acirrada marcou a categoria de melhor atriz. Meryl Streep e sua irretocável interpretação de Margareth Tatcher em “A Dama de Ferro” competia com a emocionante performance da atriz negra Viola Davis no filme “Histórias Cruzadas”. Meryl levou a melhor. Amigas há anos, as duas trocaram elogios, no entanto, Viola levantou uma questão importante na indústria do cinema.
“Qual é a atriz negra equivalente a Meryl Streep ou a Julia Roberts e Nicole Kidman?” Esta foi a pergunta retórica da atriz dirigida em entrevista ao tabloide britânico The Sun. Viola afirma que há pouquíssimos papéis dedicados a mulheres negras no cinema americano, e que, em sua maioria, eles são sempre os mesmos.
- A única possibilidade que existe é interpretar uma matriarca autoritária e vulgar. Se propuser algo diferente disso, você simplesmente desaparece. Não há personagem para você. As negras só têm espaço para o mesmo perfil, sempre – protesta ela.
Por renegar qualquer estereótipo racial, Viola quase desistiu do papel em “Histórias Cruzadas”, filme em que interpreta uma babá oprimida pelos patrões brancos por questões raciais.
- Quando percebi a riqueza da personagem, eu não resisti -, contou.
A escravidão nos Estados Unidos foi abolida em 1863, durante a Guerra da Secessão. Mas quase um século depois, os negros do país ainda viviam sob um rígido sistema de segregação. Recebiam salários ínfimos, eram obrigados a sentar nos lugares do fundo no ônibus, e tinham banheiros e até bebedouros “exclusivos”, entre outras barbaridades. Nesse apartheid no racista estado do Mississipi, na cidade de Jackson, vivem no início dos anos 1960 as protagonistas de “Histórias Cruzadas”, no original “The Help”, dirigido por Tate Taylor.
Viola, que ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores por sua participação no filme, afirma que o problema não se restringe somente à escassez de papéis. Os salários das atrizes negras, em sua maioria, são menores.
Não somente Viola, mas Thandie Newton, Whoopi Goldberg e Vanessa Williams também já andaram reclamando de salários baixos e de excessos de papéis estereotipados. A exceção é Halle Berry, primeira e única negra a levar o Oscar de melhor atriz para casa, e dona de salários um pouco maiores, porém, nada astronômicos como os de Meryl, Julia ou Nicole, citadas por Viola Davis.
- É um absurdo ver que, nos dias de hoje, ainda enfrentamos essas dificuldades! Espero que isso mude -, conclui Viola.
Artigo do blog RevistaAfro
“Qual é a atriz negra equivalente a Meryl Streep ou a Julia Roberts e Nicole Kidman?” Esta foi a pergunta retórica da atriz dirigida em entrevista ao tabloide britânico The Sun. Viola afirma que há pouquíssimos papéis dedicados a mulheres negras no cinema americano, e que, em sua maioria, eles são sempre os mesmos.
- A única possibilidade que existe é interpretar uma matriarca autoritária e vulgar. Se propuser algo diferente disso, você simplesmente desaparece. Não há personagem para você. As negras só têm espaço para o mesmo perfil, sempre – protesta ela.
Por renegar qualquer estereótipo racial, Viola quase desistiu do papel em “Histórias Cruzadas”, filme em que interpreta uma babá oprimida pelos patrões brancos por questões raciais.
- Quando percebi a riqueza da personagem, eu não resisti -, contou.
A escravidão nos Estados Unidos foi abolida em 1863, durante a Guerra da Secessão. Mas quase um século depois, os negros do país ainda viviam sob um rígido sistema de segregação. Recebiam salários ínfimos, eram obrigados a sentar nos lugares do fundo no ônibus, e tinham banheiros e até bebedouros “exclusivos”, entre outras barbaridades. Nesse apartheid no racista estado do Mississipi, na cidade de Jackson, vivem no início dos anos 1960 as protagonistas de “Histórias Cruzadas”, no original “The Help”, dirigido por Tate Taylor.
Viola, que ganhou o prêmio do Sindicato dos Atores por sua participação no filme, afirma que o problema não se restringe somente à escassez de papéis. Os salários das atrizes negras, em sua maioria, são menores.
Não somente Viola, mas Thandie Newton, Whoopi Goldberg e Vanessa Williams também já andaram reclamando de salários baixos e de excessos de papéis estereotipados. A exceção é Halle Berry, primeira e única negra a levar o Oscar de melhor atriz para casa, e dona de salários um pouco maiores, porém, nada astronômicos como os de Meryl, Julia ou Nicole, citadas por Viola Davis.
- É um absurdo ver que, nos dias de hoje, ainda enfrentamos essas dificuldades! Espero que isso mude -, conclui Viola.
Artigo do blog RevistaAfro
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