sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Posted: 30 Aug 2012 06:22 AM PDT
Concorrem às eleições nove forças políticas, entre as quais cinco partidos –
Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder desde 1975)
 União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA)
Partido da Renovação Social (PRS), a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA)
Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD)
E quatro coligações – a Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), a Nova Democracia (ND), o Conselho Político da Oposição (CPO) e a Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA).

Em 2011, a Constituição foi revista e agora os candidatos à chefia do Estado são apresentados pelo partido que ganhar as eleições parlamentares.
A campanha eleitoral decorreu num clima de críticas mútuas entre o partido governante (favorito nas eleições) e os principais partidos de oposição.
De acordo com a imprensa próxima do Governo, o MPLA, que já tinha sido vencedor nas passadas eleições de 2008, detém uma inquestionável vantagem. O Jornal de Angola, órgão oficioso, escrevia ontem : “O partido no poder detém uma superioridade que lhe advém da sua grande experiência de governação, durante a qual porventura nem tudo foram sucessos; e que por isso mesmo lhe permite ter muito mais para oferecer pela necessidade de ter que dar continuidade às obras gigantescas em curso e em especial no domínio da melhoria da vida das populações (…) O MPLA e o seu candidato foram recebidos em todo o lado com banhos de multidão, prova da confiança que o povo lhe deposita”.

A tensa luta política que se viveu durante a campanha eleitoral incluiu acusações duras da parte do partido governante aos adversários: o MPLA critica a oposição de não ter propostas concretas, de se limitar ao “discurso useiro e vezeiro da ditadura, da censura e da não existência de liberdade de imprensa”, de a oposição revelar “propostas meramente eleitoralistas e demagógicas, reveladores de ingenuidade governativa e vontade de enganar o eleitorado”.

As críticas do maior partido da oposição angolana, a UNITA, são antigas e prendem-se com “irregularidades” durante preparação das eleições. O seu líder, Isaías Samakuva, acusa a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) de ter organizado “o pior processo eleitoral de sempre”. São alegadas ilegalidades no registro eleitoral, nos cadernos eleitorais, no mapa das assembleias de voto, na acreditação dos delegados, na entrega das atas e nos procedimentos para transmitir os resultados. No entanto, a CNE já veio dizer que as acusações são “infundadas”. O presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Silva Neto, afirmava esta semana que o processo de preparação das eleições gerais em Angola “está a ser conduzido com toda transparência”.

Já Isaías Samakuva afirma que não existem condições para realizar as eleições na sexta-feira, tendo pedido uma reunião de emergência com o presidente angolano e líder do MPLA.
Se José Eduardo dos Santos der uma resposta negativa, disse ontem Isaías Samakuva, a UNITA “isenta-se de responsabilidades pelo que vier a acontecer”.
“O objectivo é tentar fazer com que tenhamos eleições livres. Mas, objectivamente, não as teremos assim”, diz por sua vez Abel Chivukuvuku, líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), considerada a “terceira via” e que integra conhecidas figuras dissidentes dos dois maiores partidos.

A campanha eleitoral não passou sem um pequeno escândalo diplomático: a embaixada norte-americana em Angola fez sair há poucos dias um comunicado em que exorta a CNE a “credenciar imediatamente” os observadores eleitorais, designadamente os das organizações da sociedade civil angolana e chamou a atenção para os atrasos no credenciamento de “outros observadores internacionais”.
No dia seguinte, o Jornal de Angola criticou em editorial o comunicado da embaixada, acusando a representação diplomática “de falta de cortesia para com a Comissão Nacional Eleitoral”. Classificando o comunicado distribuído pela embaixada como “impróprio de uma representação diplomática, no qual são feitas afirmações desprimorosas para a dignidade da CNE”, o jornal escreve que a embaixada norte-americana “arroga-se o direito de dar ordens a uma instituição angolana independente”.

A tensão aumenta em Angola. Num país que esteve em guerra civil durante 27 anos, de 1975 a 2002, e que só conheceu a paz e o desenvolvimento nos últimos dez anos, são muitos os que têm medo que o confronto político venha a resultar em violência.
Amanhã saberemos se o povo angolano saberá escolher em paz o seu caminho e o seu futuro.
 E aqui vai a minha pequena opinião QUE DEUS PROTEJA ESSE POVO TÃO SOFRIDO E A JUSTIÇA REINE, JOGANDO POR TERRA TODA AÇÃO CONTRÁRIA DE UM POVO. LIBERDADE PRA GOVERNAR!

O post Amanhã o povo angolano vai escolher o caminho do país nas urnasapareceu primeiro em Revista Afro.

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