Posted: 26 Dec 2011
“Galanga, Chico Rei” e “Missa dos Quilombos” contam histórias da resistência negra. A primeira peça mostra a vida de um rei do Congo, que se torna herói no Brasil. Já o segundo – com canções de Milton Nascimento -, mostra a dura realidade dos negros nos quilombos.
Fechando com chave de ouro, o mais comentado musical da cidade, “Tim Maia” segue a todo vapor no Teatro Oi Casagrande.
Veja detalhes de cada espetáculo
Galanga, Chico Rei
Uma história de escravidão, mas com final feliz. Assim é o musical “Galanga, Chico Rei”, que conta a vida do homem que trouxe a Congada para o Brasil. Com texto e trilha original de Paulo César Pinheiro – um dos grandes nomes da MPB, com mais de 2 mil composições – a peça é dirigida por João das Neves, e apresenta um elenco de doze atores de Minas Gerais, Maurício Tizumba, Alysson Salvador, Bia Nogueira, Denilson Tourinho, Evandro Passos, Everton Coroné, Felipe Gomes, Kátia Araccelle, Lucas Costa, Maíra Baldaia e Rodrigo Jerônimo onde aconteceu a maioria dos ensaios.
O ritmo apresentado no palco é a congada – bailado dramático tradicional em vários estados, principalmente em Minas Gerais – que é acompanhado pelos figurantes através de cantos, danças, cortejos, cavalgados, levantamento de mastros e muita música. Através da música, a encenação também aborda a história tradicional do Brasil sob a identidade afro-brasileira e a trajetória de Chico do Congo às terras brasileiras. Para compor a cenografia, o palco toma forma de um quartel de congadeiro, local onde são realizadas festas e cerimônias, apresentando o congado e suas coreografias.
Autor de “Galanga, Chico Rei”, Paulo César Pinheiro conta que o espetáculo propiciou um aprofundamento histórico para ele e para o público. “Do famoso Chico Rei, nossa história oficial não conta muita coisa. Não existem documentos a seu respeito. Há romances que são inventados, mas a história de Chico Rei é verdadeira na medida em que ela representa coisas acontecidas com muitos negros escravos”, diz. “Este espetáculo resgata o mito pela figura do Pai Grande que conta a história de Chico Rei aos jovens congadeiros, evocando e valorizando a tradição oral para a reconstrução de nossa história”.
Missa dos quilombos
Visto por mais de 65 mil espectadores, sucesso de crítica, Missa dos Quilombos é um manifesto abolicionista de todas as escravidões e é um convite ao respeito à diversidade das manifestações religiosas.
Com músicas de Milton Nascimento, textos de Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra e direção geral de Luiz Fernando Lobo, Missa dos Quilombos traz a história dos negros no Brasil misturando o rito católico com as expressões da cultura afro-brasileira. Com direção musical de Túlio Mourão e direção de percussão de Robertinho Silva, o musical conta com 31 artistas em cena e canta os novos Quilombos, as novas formas de resistência, as novas utopias.
Tim Maia – Vale Tudo
O musical dirigido por João Fonseca conta a vida de um dos maiores ídolos da música brasileira. Tim Maia, conhecido pela irreverência, o bom humor e, infelizmente, também pelos problemas com o abuso do uso de drogas e álcool, apontado como principal motivo para a morte prematura, aos 55 anos, em 1998.
O espetáculo estrelado por Tiago Abravanel, de apenas 23 anos, relata a trajetória do cantor desde a infância na Tijuca, quando era entregador de marmitas, até sua morte, passando pelo período que morou em Nova York, as primeiras bandas – uma delas teve como integrante o atual “Rei” Roberto Carlos – e os sucessos pop nas décadas de 70, 80 e 90.
Ao longo da peça, o público poderá cantar junto hits como “Vale tudo”, “Não quero dinheiro”, “Chocolate”, entre outras faixas conhecidas não apenas do Leme ao Pontal, mas também do Oiapoque ao Chuí.
Vale a pena assistir os movimentos negros teatrais dando visibilidade da atuação do negro do Brasil de outrora e de hoje.
Galanga, Chico Rei
Uma história de escravidão, mas com final feliz. Assim é o musical “Galanga, Chico Rei”, que conta a vida do homem que trouxe a Congada para o Brasil. Com texto e trilha original de Paulo César Pinheiro – um dos grandes nomes da MPB, com mais de 2 mil composições – a peça é dirigida por João das Neves, e apresenta um elenco de doze atores de Minas Gerais, Maurício Tizumba, Alysson Salvador, Bia Nogueira, Denilson Tourinho, Evandro Passos, Everton Coroné, Felipe Gomes, Kátia Araccelle, Lucas Costa, Maíra Baldaia e Rodrigo Jerônimo onde aconteceu a maioria dos ensaios.
O ritmo apresentado no palco é a congada – bailado dramático tradicional em vários estados, principalmente em Minas Gerais – que é acompanhado pelos figurantes através de cantos, danças, cortejos, cavalgados, levantamento de mastros e muita música. Através da música, a encenação também aborda a história tradicional do Brasil sob a identidade afro-brasileira e a trajetória de Chico do Congo às terras brasileiras. Para compor a cenografia, o palco toma forma de um quartel de congadeiro, local onde são realizadas festas e cerimônias, apresentando o congado e suas coreografias.
Autor de “Galanga, Chico Rei”, Paulo César Pinheiro conta que o espetáculo propiciou um aprofundamento histórico para ele e para o público. “Do famoso Chico Rei, nossa história oficial não conta muita coisa. Não existem documentos a seu respeito. Há romances que são inventados, mas a história de Chico Rei é verdadeira na medida em que ela representa coisas acontecidas com muitos negros escravos”, diz. “Este espetáculo resgata o mito pela figura do Pai Grande que conta a história de Chico Rei aos jovens congadeiros, evocando e valorizando a tradição oral para a reconstrução de nossa história”.
Missa dos quilombos
Visto por mais de 65 mil espectadores, sucesso de crítica, Missa dos Quilombos é um manifesto abolicionista de todas as escravidões e é um convite ao respeito à diversidade das manifestações religiosas.
Com músicas de Milton Nascimento, textos de Pedro Casaldáliga e Pedro Tierra e direção geral de Luiz Fernando Lobo, Missa dos Quilombos traz a história dos negros no Brasil misturando o rito católico com as expressões da cultura afro-brasileira. Com direção musical de Túlio Mourão e direção de percussão de Robertinho Silva, o musical conta com 31 artistas em cena e canta os novos Quilombos, as novas formas de resistência, as novas utopias.
Tim Maia – Vale Tudo
O musical dirigido por João Fonseca conta a vida de um dos maiores ídolos da música brasileira. Tim Maia, conhecido pela irreverência, o bom humor e, infelizmente, também pelos problemas com o abuso do uso de drogas e álcool, apontado como principal motivo para a morte prematura, aos 55 anos, em 1998.
O espetáculo estrelado por Tiago Abravanel, de apenas 23 anos, relata a trajetória do cantor desde a infância na Tijuca, quando era entregador de marmitas, até sua morte, passando pelo período que morou em Nova York, as primeiras bandas – uma delas teve como integrante o atual “Rei” Roberto Carlos – e os sucessos pop nas décadas de 70, 80 e 90.
Ao longo da peça, o público poderá cantar junto hits como “Vale tudo”, “Não quero dinheiro”, “Chocolate”, entre outras faixas conhecidas não apenas do Leme ao Pontal, mas também do Oiapoque ao Chuí.
Vale a pena assistir os movimentos negros teatrais dando visibilidade da atuação do negro do Brasil de outrora e de hoje.
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