O presidente Barack Obama, e milhares de integrantes da comunidade afrodescendente nos Estados Unidos, que têm 39 milhões de pessoas (12,6% da população), compareceram em Washington para homenagear Martin Luther King, defensor dos direitos dos negros e Prêmio Nobel da Paz, na inauguração de um monumento em sua homenagem.
Quase meio século passou desde o discurso histórico e “nosso trabalho, o de King, ainda não está completo”, acrescentou o presidente, ao lembrar que resta muito a fazer na luta contra a pobreza e a desigualdade.
O memorial de Martin Luther King, localizado perto do National Mall, a imensa esplanada ao sul da Casa Branca, foi inaugurado 48 anos depois que uma manifestação a favor dos direitos civis reuniu, no mesmo local, 250.000 pessoas, em um momento em que os negros lutavam por embarcar no mesmo ônibus que os brancos ou frequentar a universidade.
Desde então, quase todos os americanos, tanto negros (85%), quanto brancos (90%), concordam em que o respeito aos direitos dos afrodescendentes teve avanços, segundo pesquisa do Gallup, publicada no final de agosto no jornal USA Today.
Cinquenta e um por cento dos entrevistados, ou 54% dos negros e 49% dos brancos, consideram que o sonho da igualdade racial de King se cumpriu nos Estados Unidos.
“Lembremos que há 50 anos a segregação era lei e havia ‘códigos negros’”, que estabeleciam regras de convivência dos negros na sociedade americana, explicou à AFP Hilary Shelton, vice-presidente da organização mais antiga de defesa das minorias, a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (NAACP, na sigla em inglês).
Graças a Martin Luther King, “nosso país tomou uma direção muito melhor. Avançamos muito, mas ainda resta muito a fazer”, acrescentou.
Inf; Revista Afro
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